28.1.19

Millennial - Quinn Kampschroer.jpg

Foto: Millennial - Quinn Kampschroer

 

É sexta feira à noite, trabalhei até tarde, todo o dia. Toda a santa semana. Acabei um jantar de restos, em casa. Estou cansado, o corpo pesa-me, cai-me, quase desvalido, no sofá. Não tenho programa para o início de fim de semana, nem procuro ter. Não me apetece.

Mecanicamente, sonolentamente, automaticamente pressiono a tecla do comando e deslizo a vista, sem ver, pelos vários canais da televisão. O mesmo pelos aplicativos e redes sociais do telemóvel sempre na mão. Encosto a cabeça para trás...

 

Toca o telefone, o toque do cartão profissional.

Grande surpresa, das antigas! É um grande parceiro e amigo de Coimbra, que já não vejo e de quem já não tenho notícias há anos, por mais que as tivesse procurado ter. Está no Porto. Conseguiu o número de telefone na minha página profissional. Não preciso de mais nada, basta-me a sua voz, um pouco mais grave e rouca, para, sobressaltado, melhor, entusiasmado, o reconhecer. Grande, saudoso amigo, finalmente! Como estás tu, como me descobriste? Claro que vou, imediatamente. Apanho-te no hotel, vamos conversar, beber um copo. Pôr a conversa, as nossas vidas, em dia!

Já percebestes, o sono, a canseira, esfumaram-se. O que tenho é entusiasmo. Despertei. Até parece que tenho menos 30 e tal anos. Maravilha de surpresa, é bom ter alegrias assim.

 

A situação pode ser esta, similar, semelhante. Acredito que não é difícil assimilar o que se passou. Já todos passámos por isto, basta fazer as devidas adaptações pessoais. Fácil de compreender, não é?

Convirá é ir buscar estas vivências, por que todos já passámos e observámos nos outros, quando precisamos delas. Quando estamos cansados, ou descrentes, ou desmotivados. Quando não nos apetece e… talvez amanhã ou depois.

 

Urgência, emergência, importância. Muitas vezes confundimos conceitos, situações. Deixamos andar. Por algum motivo estamos cansados. Só a sirene, o final do prazo nos espicaça e nos dá a vontade, a força que estava escondida, adormecida.

É hoje em dia evidente como verdadeira a tese de Ortega y Gasset de que o Homem é ele próprio e a sua circunstância.

Sabido e aceite isto, falta, convirá, aplicar. Fazer. Não deixar para o acaso ou iniciativa de outros o que nós podemos também fazer, nos nossos termos. Construir, erguer mecanismos interiores que nos ajudem a assumir que o que é importante é como se fosse urgente. Não o contrário.

Ser reativo pode ser bom. Desenrasca. Ser proativo é melhor.

 

Jorge Saraiva

 

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25.1.19

Time - Myriam.jpg

Foto: Time - Myriam

 

“Não tenho pressa. Pressa de quê?

Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.

Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,

Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.

Não; não sei ter pressa.

...

Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,

E vivemos vadios da nossa realidade.

E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.”

Alberto Caeiro

 

Um incómodo grande, a falta de barulho. Nem que seja o do rádio ou da televisão. Um aborrecimento ter de nos ouvir, o que por aqui ecoa na tubagem, nas cavernas.

Reparei que fico bastante cheia de mim ao fim de uma viagem de autocarro de 4 horas. Chego ao pé das pessoas e toda eu só quero falar. Expulsar o demónio. Quando não consigo adormecer, ler tem sido um modo de me distrair. Fico pensando se esta parte da canalização interna não range como um cuco à espera de ser notada, se não quer ser ardentemente vista. Mas traz aquele incómodo das paixões, invejas, ciúmes, as fraquezas da gula e do desejo. Traz o ressentimento e o ódio, a competição e a agressividade. A par disso muita fome, várias.

 

Tenho lido “De olhos fixos no sol” do Irvin Yalom, e fala sobre a morte, a construção de significado, o isolamento face ao nosso derradeiro. Conta também o face a face com aquela questão que nos tira o sossego, o do passado já não voltar. Dei conta que ele partilha o momento em que vê o pai ao telefone a receber a notícia que o seu pai morreu. Isso remeteu-me também para a minha história, tal e qual, tirado a papel químico. Vi o meu pai a ir ao telefone, ouvi um som diferente, a mãe passa a correr atrás dele, ambos em direção ao quarto. O som diferente não se altera, agudiza e fica num som permanente.

Eu dirijo-me ainda mais ao meu quarto (se calhar já lá me encontrava), por mais curiosidade que tivesse apercebo-me rapidamente que não ia mesmo querer saber o que causava tamanha desfiguração ao meu pai, tive medo.

Que mais futuro me fará fugir para o meu quarto? O medo maior, penso, é o terror conhecido, não o que há de vir ou o desconhecido, desse não tenho sequer imagem, cores ou sons. Yalom recomenda um exercício, olhar para o passado ano e perguntar-se: estaria disposto a repeti-lo tal e qual? Se notar arrependimentos, algo que não quer que se repita, então, tratar de remover ou mudar isso. Eu gostei deste exercício.

Aconselho o livro, mas com leitura reconfortante, por exemplo, Tolentino Mendonça.

 

Maria João Enes

 

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21.1.19

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Foto: Wristwatch - Steve Buissinne

 

Urgente! Temos que viver este instante. O dia deixou de ter 24 h, resume-se a minutos e ouve-se o tiquetaque do relógio, ensurdecedor. O tempo encolheu, é insuficiente. Incontáveis são as solicitações que recebo e quero responder a todas, preciso disso. Ou será que não? Há uma pressão constante e cedo. Quero ter o controlo, mas tudo é incontrolável. Corro, perco o fôlego, mas contínuo, não posso parar. Ou não me deixam? Fico ansiosa porque amanhã já nasce um novo dia.

Quero viver, mas o tempo é tão rápido que nem dou conta. Não quero perder um segundo da vida, mas não consigo senti-la. Também quero tempo para olhar para mim, para fechar os olhos e inspirar profundamente, também quero ter tempo para não pensar em nada, mas não consigo encontrá-lo. A cada segundo sou bombardeada com milhares de informações, não consigo escapar. Sinto-me cansada e farta de ser levada no meio da multidão. Mas não temos que ser todos iguais, apesar de ser difícil de controlar, é possível.

Ligo a televisão e sei, no mesmo instante, que o mundo continua a girar. Fico a saber o que interessa e aquilo que não me traz benefício algum. Desligo-a e torno-me uma ignorante.

Ligo a Internet no meu smartphone, quase imposto, e há um dilúvio de informação. Estamos em permanente contacto com o mundo e com as pessoas. Haverá necessidade? Tudo é uma escolha. Desligo a Internet e o telefone não toca durante dias. A vida acontece por detrás de um ecrã e isso entristece-me. Sou culpada, aceito a sentença.

 

Os álbuns de fotografias, daquelas que temos na casa dos nossos pais com a história da nossa infância, encontram-se em vias de extinção. O rolo da câmara nunca acaba. Esteja onde estiver eu sou a fotógrafa, por completo. Escolho e enquadro o cenário, ajusto a luz, pressiono o botão e olho, repito o processo as vezes que entender. Depois volto a escolher, eu mando no arco-íris. Revelo-a, mas não me encontro numa sala escura, encontro-me no palco principal do espetáculo. E quase no imediato, sem sequer se moverem do local onde estão, todos assistem. Gosto. Sim, e nem sei bem porquê. Preciso disso para ser feliz? É óbvio que não.

Os conhecidos são mais “amigos” do que os amigos que conheço. A lista de “amigos” cresce exponencialmente. O livro permanece aberto e em permanente construção, a sua história nunca terá um ponto final. Mas se sou eu a autora, porque não? Porque há histórias que já não se escrevem fora do livro.

Instante. Histórias. Público. Paredes. 24 h. Todos somos iluminados pelas luzes da ribalta, à espera de um aplauso. Quem somos nós? Somos o amigo daquele amigo a quem nunca demos um abraço.

Queremos ser vistos, ouvidos e comentados no agora. É urgente porque o tempo encolheu. Ganho um sorriso vago, mas o meu ritmo cardíaco não se altera. Passam mais 24 h e tudo se repete, provavelmente.

 

Existem vantagens na urgência do dia-a-dia, é claro que as vejo. Mas as desvantagens perturbam-me. Volto a baixar a cabeça, sou culpada também, sim.

A verdade é que o tiquetaque fica gravado na nossa cabeça. Queremos viver o instante porque não sabemos o que o amanhã nos reserva e, muito menos, o que pode acontecer num instante. A vida é para ser vivida, mas temos que a sentir, não nos podemos esquecer disso. Os sentimentos aquecem-nos a alma, fazem acelerar o coração e trazem-nos sensações inexplicáveis. Gosto de clichés. Simples.

Sozinha, em silêncio e, depois de me ter perdido no tempo, finalizo citando um autor que não é meu “amigo”: “Não tenha pressa, mas não perca tempo.”.

 

Marisa Fernandes

 

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18.1.19

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Foto: Hourglass - Annca

 

No nosso dia-a-dia, temos por hábito colocar a urgência à frente da prioridade, sacrificando, frequentemente, valores importantes da nossa vida, nomeadamente, a saúde, a segurança e o nosso bem-estar. Pomos de lado as prioridades para atender ao urgente, deixando-nos subjugar pela urgência, o que nos tolhe e nos retira a clareza e o discernimento necessários para poder decidir serenamente.

Quantas vezes, por sermos escravos da urgência, não damos prioridade àquilo que é prioritário, em manifesto detrimento do que é fundamental para um viver saudável. Prioritário é aquilo que é mais importante, aquilo que deve ocupar o primeiro lugar e que deve sobrepor-se, sempre que possível, à urgência. Esta, afinal, apenas traduzirá aquilo que urge, aquilo que é iminente, muitas vezes sem conteúdo significativo, e que não nos permite ir mais além, porque nos sufoca, nos aperta, nos oprime, comportando-se como uma entidade tirânica que controla todos os nossos movimentos e interesses.

 

Nos tempos que correm, a nossa vida é, infelizmente, dominada pela tirania da urgência; esta impera sobre o importante, criando uma autêntica vida de tensão. Como seria bom poder vermo-nos livres dessa tirania!

Atribui-se a Eisenhower a frase “O que é urgente raras vezes é importante, e o que é importante raras vezes é urgente”. Muito significativa esta máxima, dado que muitas tarefas consideradas urgentes não precisariam de ser feitas hoje ou até nos dias próximos, podendo, no lugar delas, ser realizadas outras mais prioritárias, mais úteis, com mais interesse e de maior relevo ou importância social, pois, nem tudo na vida que é urgente é prioritário.

Antes que seja tarde de mais, livremo-nos da tirania da urgência, do seu jugo, saibamos gerir o nosso tempo de acordo com a ordem de prioridades do que é mais profícuo e importante na vida. Afinal, esta é uma só e vale a pena ser vivida, mas sem qualquer tipo de opressão ou constrangimento.

 

José Azevedo

 

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14.1.19

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Foto: Black-and-white - abigail2resident

 

O teu sorriso era diferente – o teu ar, que costumava ser calmo, era hoje agitado.

Senti-me preocupada e perguntei-te. Respondeste que estava tudo bem, apenas estavas ligeiramente cansado e abraçaste-me. Um abraço forte, um abraço demasiado forte, como se te despedisses de algo, como se te fosses ausentar. Não questionei o facto de o fazeres. Apenas retribui.

Saíste pela porta e espreitei-te pela janela, olhaste para trás e sorriste-me, acenando.

Sentia-te perto, mas longe ao mesmo tempo. Senti um calafrio, não conseguindo explicar o porquê.

Pedi-te para me mandares uma mensagem ou para me ligares quando chegasses, apesar de não ser longe – apetecia-me pedir-te, algo me dizia para o fazer.

 

Passou uma hora, passaram duas. Achei estranho – não costumavas esquecer-te de ligar. Liguei-te! Chamou, chamou... Ninguém atendeu. Liguei-te uma segunda vez. Atendeste! Pensei eu...

Do outro lado uma voz estranha disse "Olá!". O meu coração gelou, senti-me estremecer. Do outro lado ouvi essa mesma voz dizer-me que tinhas tido um acidente, tinhas ido de urgência para o hospital mais perto.

Corri, corri tanto. Tinha medo, medo de não te conseguir ver mais, medo de te perder. Medo de não conseguir dizer o quanto te amo. Pedia a Deus, pedia muito, para não te levar.

Cheguei. Corri até à primeira pessoa que encontrei e perguntei. Perguntei por ti, perguntei a medo. Mas estavas vivo. O mesmo minuto que foi crucial para sobreviveres, fora também o minuto para te deixar paraplégico. Um minuto que tudo mudou.

 

Inês Ramos

 

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11.1.19

Woman - Engin Akyurt.jpg

Foto: Woman - Engin Akyurt

 

É urgente o amor, é urgente

permanecer.”

 “É urgente o amor”; Eugénio de Andrade

 

Há urgências intemporais, alheias aos costumes e épocas. Há preces por atender, ânsias por viver, abraços por receber. Há tempestades por colher e bonanças por antever. Mas acima de tudo, urge o amor.

O que carrega a paz em si e se expressa por meio da compreensão. O que é parente da empatia e forte amigo da alegria.

E antes que o negrume se instale, gerando o caos e a confusão, há que pensar e refletir devidamente sobre toda esta situação. Porque é urgente o amor. É urgente saber ao que se deverá dar valor.

 

Sara Silva

 

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7.1.19

Woman - Gerd Altmann.jpg

Foto: Woman - Gerd Altmann

 

Trabalhar para ontem e não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje é um lema de vida que me tem acompanhado. Embora não me tenha ainda dado mal com ele, por vezes sofro com isso. Parece que o tempo me aperta e até me estrangula. Quero dar resposta logo ao solicitado, porque me dizem que é urgente. Faço logo que posso, apenas porque me dizem que é urgente. As solicitações são muitas e são todas para ontem e, assim, eu penso que é urgente e faço desvalorizando o cansaço, desvalorizando os sinais que o corpo me vai dando. Tenho dias assim. Tenho dias que, quando tenho solicitações que me dizem que são urgentes, faço sem parar. Reparo mais tarde que, afinal, não precisava de tanta urgência. Sim, já aconteceu várias vezes. Pessoas com as mesmas solicitações vivem a situação com mais calma. Afinal, poderia responder ao solicitado com uma urgência relativa. Mas, já está. Tenho vozes que me vão dizendo para relativizar a urgência das coisas e dormir sobre os assuntos. Vou fazendo um esforço para me comportar assim. Mas quando dou conta, lá estou eu a responder com a urgência que me é solicitada. Talvez um dia venha a conseguir. Seria bom, porque, de facto, às vezes a urgência é mesmo relativa e o stresse talvez diminuísse. Vou tentar!

 

Ermelinda Macedo

 

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4.1.19

African - Lihle Lynne.jpg

Foto: African - Lihle Lynne

 

“É urgente estar atento

Ver para onde corre a maré

Ver de onde sopra o vento

Não vás tu perder o pé”

 

Excerto da canção “Impele a tua própria canoa”, do Corpo Nacional de Escutas

 

Quem foi, ou é escuteiro, certamente já ouviu esta canção. Se assim é, já sentiu a sensação de parar para pensar no que é urgente para si e para a sua vida. Conduzir a nossa própria vida é o mais prioritário, se pretendermos deixar de estar num estado de urgência permanente sobre “coisas a fazer”. Quando dou por mim a pensar “Tenho que...!” significa que me encontro no tal estado de espírito que não me permite priorizar com clareza. Nos dias em que, com calma, vou fazendo as mil e uma coisas que há a fazer, percebo que me encontro realmente preparada para o que, de facto, é urgente, pois irei fazê-lo com mais clareza e sem pressas.

Parece ambíguo, mas para mim torna-se cada vez mais claro.

Se fosse a minha avó diria para “não colocar a carroça à frente dos bois”, ou seja, não vale a pena fazer o que se cataloga de urgente se não for feito na sequência certa. No caso da carroça, não andaria, pois os bois não iriam conseguir puxá-la. Empurrá-la, talvez, mas essa não é a ordem natural.

 

Na vida é assim, é prioritário o que nós escolhermos como mais importante. Se há um problema de saúde, é sem dúvida essa a prioridade pois nada do resto funcionará. Se há falhas financeiras, há obrigatoriamente pausas para repensar o que se está a fazer e melhorar a situação. Se há mal-estar diário no local de trabalho, priorizamos o que nos faz sentir bem, pois o dia-a-dia torna-se impossível.

Parece simples? Não é! De todos os lados surgem sempre informações e pedidos urgentes e extremamente importantes.

O ideal seria manter o estado de espírito e de consciência que nos garante e dá o conforto de termos as prioridades bem definidas e confiar em nós mesmos. Aí, o urgente acontece quando tem que acontecer, e o que deve ficar para depois aguarda pacientemente a sua vez.

 

Sónia Abrantes

 

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