28.6.19

Spacer - Julita.jpg

Foto: Spacer - Julita

 

A Dona Honestidade encontrou, um certo acaso, a Menina Imaginação - Sãozinha, para os que a conheciam de berço e de afeto. Havia muito tempo que não se viam e ela tinha crescido - por isso a D. Honestidade abriu muito os olhos, entre admirada e certificadora da verdade; em reconhecimento, enfim, que o tempo, às vezes, faz gato-sapato da memória de gente... bem, digamos, antiga. De certa idade. Velhota. Mas, sim, era mesmo a menina Sãozinha, aquela jovem alta, de porte altivo (sempre a conhecera com a cabeça nas nuvens, mas não tão literalmente...), vestida com roupas audaciosamente espampanantes, cheias de folhos, cores, laços e rendinhas de todos os graus de delicadeza.

 

- Sãozinha!!... Como é possível? Nem te reconhecia, estás tão crescida!

- Imaginação, se faz favor. Sãozinha é um diminutivo carinhoso que, em pequena, até me ficava bem. Mas agora, D. Honestidade, julgo inadequado. Cresci, sim, conquistei o mundo, sou muito importante, bem-sucedida, tenho o mundo a meus pés – disse a jovem, de nariz bem empinado.

- Ah. Sim. E a cabeça nas nuvens. – retrucou a respeitosa senhora, rindo sem maldade, apenas franqueza. – Então, conta, como conseguiste tanto sucesso?...

- Vendo Felicidade.

- Vendes Felicidade? Mas isso é lá coisa que se venda?! Aliás, Felicidade nem sequer existe!

- Ai, que mania, D. Honestidade! “Vendo” de ver, valham-me todas as virtudes. VEJO felicidade em tudo que existe, invento mundos meus, pinto a manta, uso óculos cor-de-rosa, quando é preciso, ou azuis, ou amarelos, ou cor-de-gato-a-fugir, conforme a necessidade. Vejo e tento fazer ver aos outros.

Aí, a D. Honestidade franziu as rugas todas.

- Mas isso é fingimento, é ilusão, pode até raiar a desonestidade!

- Desonestidade, não! Uso a fantasia, sim, não nego, a meu favor e a favor dos outros. Tento poupar as pessoas da crueza da verdade, às vezes, sim. Há quem me chame mentirosa, mas, esses, acreditam que Felicidade é Verdade. Não é. Felicidade é um lugar que eu crio dentro do mundo, dentro de um Momento. É a força dentro da Coragem. É o êxtase dentro da Alegria. É a humildade dentro da Gratidão. É o cuidado, dentro da Verdade. É a fuga, dentro do Sonho... enfim, é o jardim que a D. Honestidade tem atrás de sua casa, sem saber.

- Que jardim, menina?! Olha!... Logo eu, que trabalho de sol a sol, para ganhar o pão-de-cada-dia… tenho lá tempo para plantar flores!

- Plantou sim, um belo jardim, com as sementes que traz dos caminhos que calcorreia. Só que sou eu que o cuido, que o rego, que o mondo, que o podo e vou alindando, com pedrinhas de longe, e tesouros de perto: raios de sol, orvalho, chilreios de passarinhos, crianças brincando, borboletas, abelhinhas, enfim, coisinhas simples que tenho à mão.

- Ai, Sãozi…. Quer dizer, Imaginação: eu cá tenho os pés na terra, mas olho a direito, rege-me a verticalidade, a honradez, a verdade… e orgulho-me disso. Mas… bem, não me custa nada baixar os olhos e reconhecer em ti a honestidade das coisas belas e necessárias. Sim, sei do tal jardim. E apesar de nunca me ter dado a liberdade de lhe reconhecer os encantos, não penses tu que vou por aí pisando as margaridinhas – foi dizendo a honorável senhora, entre o ataque e a rendição, acabando num fio de voz límpida e macia.

- Oh, D. Honestidade… - acudiu, de mãos estendidas, a jovem Imaginação. – Eu sei, eu sei disso. Seria contra a sua nobre natureza não abrigar em si um pouco de condescendência pela fantasia, pela beleza, pela arte. E alguma fé no poder do sonho. E um natural carinho por mim que, afinal, conhece desde pequenina. Eu cresci consigo, sabe, tão ao seu lado que nem deu pela minha falta.

E, sorrindo, acrescentou:

- Imagine se desse…. Eu teria muita pena, honestamente.

 

Teresa Teixeira

 

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24.6.19

Censorship - Dimitris Vetsikas.jpg

Foto: Freedom of speech - OpenClipart-Vectors

 

“Não fui eu, pai! Já estava partido!”, “As notas ainda não saíram…” ou a ignorante convicção que se poderia escapar com uma mentira. É certo que os tempos eram outros (como pareço um velho) e os modelos parentais eram diferentes, mas na minha infância (e na maioria da dos meus amigos) a (des)honestidade encostava-se, frequentemente, no medo. Medo da estalada, da colher de pau ou, na melhor das hipóteses, do simples castigo que nos levava a pensar (muito para dentro) “safei-me desta”.

Não discuto se tais modelos parentais mais “rigorosos” ou “físicos” eram melhores ou piores. Como talvez tudo na existência das coisas, existem lados positivos e lados negativos. Salve-se o equilíbrio. Bem, certo é que isto mudou. Observando a comunicação humana próxima da minha realidade, considero que estamos menos honestos. Atualmente somos aliciados diariamente com o “politicamente correto”, não atendendo contudo ao facto de que não houve (nem seria possível haver) uma evolução tão rápida no pensamento individual e por consequência à escala social, que acompanhasse esta “tendência” tão recente. No suposto tempo da liberdade, dignidade, reconhecimento, expressão, diferença, igualdade, inclusão, diversidade, aceitação, reparação, compensação, migração, multiculturalidade, direitos e sei lá mais o quê, na verdade pouco se aceita o pensamento / expressão que diverge da visão em túnel do que deve ser dito ou pensado, logo o que DEVE SER.

 

Ressalva muito importante: nenhum extremismo (mas extremismo mesmo – não daquele tipo “fiquei tão ofendido” e de qualquer espécie) deve ser tolerado!

Contudo, cada vez mais se aceita e estimula uma “honestidade” em linha com ideias supostamente “avançadas culturalmente” ou vendidas noutro embrulho qualquer. No fundo, clichés (porque carecem de autocrítica) que são expostos, quando na verdade pouco tempo gastamos em confrontar o que dizemos com o que pensamos entre as paredes do nosso crânio.

Quanto internamente honestos somos em relação às minorias étnicas e religiosas, ao conceito de “apropriação cultural”, à migração, à “linguagem inclusiva” (aquela que em vez de se escrever todos, escreve-se todos e todas, ou pior tod@s), à política de direita, aos “subsídio-dependentes”, à utilização de certas drogas ou utilização de algumas expressões (mal) identificativas da raça, do género ou orientação sexual? Quantas vezes defendemos um determinado ideal, uma determinada pessoa, uma determinada opinião, um determinado acontecimento, para depois, pouco mais tarde, nos rirmos de uma piada qua ataca o que acabamos de defender? Ou quantas vezes mudamos o norte se o acontecimento em causa nos tocou pessoalmente?

Continuamos a jogar com o medo… Medo que descubram o que realmente está por dentro e que não pode ser mostrado para fora. E assim estamos a ser desonestos. Primariamente connosco e depois com os outros e com o mundo. E se às vezes, por isso mesmo, e por pensarmos “o que não deveria ser pensado”, mereceríamos uma chapada bem dada, noutras vezes deveria ser-nos permitido dizer com honestidade o que acreditamos, sem sermos rotulados da mesma forma depreciativa e limitadora da liberdade individual.

 

Rui Duarte

 

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17.6.19

People - StockSnap (1).jpg

Foto: People - StockSnap

 

Gostava de poder dizer tudo o que sinto, tudo o que penso, sem filtros. Não sobre os outros, sei ser desumano sequer pensá-lo, mas sobre mim. Gostava de poder falar sobre o que me vai cá dentro sem ter de me preocupar com o impacto que isso pode ter nos outros, ou ter de esmiuçar cada uma das minhas emoções para que lhes “faça sentido” – jamais fará. Aos poucos, e ao longo de demasiado tempo, fui ficando mais em mim, num espaço onde não há respostas, mas existem mil perguntas que me afastam da presença física dos outros. É um caminho perigoso e sedutor, traz armadilhas que invalidam tudo o resto daquilo a que chamamos vida. Sobretudo, vida com.

Pensava que a idade e a experiência me dotariam da capacidade de entender melhor este e outros fenómenos que têm que ver com a nossa relação com os outros, com as emoções e os sentimentos, mas, na verdade, a coisa agudizou-se: algumas caraterísticas tornaram-se intoleráveis, percebi que há gente com quem nunca me vou cruzar, que há situações que jamais poderei resolver, que não estou mais serena ou mais confiante. Parte de mim insiste em acreditar na raça humana, outra parte desconhece o seu próprio lugar num universo de gente com a qual não me identifico nem um bocadinho…

A honestidade não faz parte do cardápio de um grande número de pessoas. Atualmente, parece que todos têm apenas um valor utilitário, desprovidos de sentimentos e afetos que nos levem a respeitar os demais. Deixa-me triste perceber que a mediocridade parece ser a medida de todas as coisas. Não sei existir num mundo onde todos têm um preço, num mundo onde um carro é venerado e as pessoas dispensáveis, onde nos sentamos a jantar com amigos que passam o tempo agarrados ao telemóvel em vez de nos olharem nos olhos. Não sei caminhar num tempo feito de mentiras, violência e ausência de respeito. Ao fim de tantos anos, percebo que a única coisa que sempre pedi a quem comigo vive é, afinal, a mais rara das condições. A honestidade tem um preço elevadíssimo e poucos são os que a conseguem exibir.

 

Gostava muito de não perder a capacidade de acreditar, mas temo não ser capaz de o fazer muito mais tempo. Na verdade, as pessoas dizem todas a mesma coisa: umas, porque o sentem genuinamente; outras, porque aprenderam que parte do jogo é mentir, dizendo o que parece mais correto, sem sentir coisa nenhuma daquilo que deitam pela boca fora. É preciso tempo para perceber a diferença e poucos são os que conseguem esperar. Lançam-se de cabeça, mas com reservas no coração e depois esperam que tudo corra bem.

Quando é que desaprendemos a honestidade? Quando é que decidimos ser carrascos dos outros e os nomeamos responsáveis pela nossa felicidade, pelo nosso equilíbrio, pela nossa existência? Quando é que o comum mortal decidiu passar pela vida, hipotecando tudo aquilo que é importante e que valida a condição humana? Em face de tudo isto, vou-me calando, vou-me isolando. Cada vez falo menos de mim ou do que sinto, cada vez me dou menos aos outros. Já não tenho a capacidade de estar com quem é mesquinho, cruel ou oportunista.

No trabalho, infelizmente, temos de lidar com todo o género de gente, mas, na minha vida privada, não há espaço para a toxicidade dos outros. Considero que têm tanto direito a existir quanto eu, mas não lhes permito gravitar ao meu redor. Devo essa honestidade a mim própria. Na realidade, estou cansada de tanta desilusão, de tanta maldade no mundo que não tenho como explicar. Deixei de ter expetativas, não espero nada dos outros e por isso vou-me poupando ao sofrimento que já senti na pele, intensamente. Aquilo que mais me feriu até hoje, foi esperar a reciprocidade dos meus. Precisei de todo este tempo para aceitar que quem vive em torno do seu umbigo, jamais conhecerá essa reciprocidade. Não é possível ser-se empático, humano, compassivo e egoísta ao mesmo tempo. Não há fórmula matemática ou teoria científica que o valide. Não desisto das pessoas, mas abdico da esperança que sempre me moveu na vida. As pessoas são o que são e, por melhor que as tratemos, jamais mudarão. É preciso aceitar aquilo que não podemos mudar.

Hoje baixo os braços e ostento a minha bandeira. Talvez tenha de caminhar sozinha, no tempo que me resta, talvez esta bandeira acabe no pico de uma montanha que ninguém conhece e por ali fique, a lembrar a existência de alguém que não queria desistir da raça humana, mas trocou isso pela paz de espírito.

 

Alexandra Vaz

 

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14.6.19

Mirror - Med Ahabchane.jpg

Foto: Mirror - Med Ahabchane

 

Sair da zona de conforto, fora da caixa, evoluir, progredir, desenvolver capacidades, atingir novos patamares, concretizar desafios, ultrapassar objetivos, realizar sonhos. Uma vida em pleno, sempre, cheia. Invejável.

Muito do acima enunciado implica que, de uma forma mais ou menos consciente, se quebrem regras, é um modo de falar – muitas são expressões que estão na moda, uma espécie de motores de desenvolvimento – para referir novos modos de fazer, sem os quais muito dificilmente se sairá de uma qualquer espécie de padronização, a tender para a pasmaceira.

Soa bem, parece bem este modo de falar. Será uma forma, a forma, que permitirá deixar uma marca neste mundo, na vida, além, portanto, de nos limitarmos a passar pela vida ou a vida por nós.

 

Quebrar regras... mas quê? À custa de princípios, valores, quadros de referência?

Se eu concretizar as minhas ambições, tornar os meus sonhos realidade, alienando valores e princípios, pisando tudo e todos à minha volta, ficarei satisfeito? Estou a ser justo, honesto?

Engano os que se cruzam comigo, roubo, minto, faço trapaça. Como é que sou visto? Mais e, principalmente, como é que me vejo, olhando para dentro? Consigo enganar-me a mim próprio, agora a quente e depois, mais a frio? Sou desonesto para comigo mesmo. Tiro os espelhos todos da minha vida?

E depois, o que resta? O que fiz e atingi, tem valor? O que digo e faço é admirável ou lamentável. Tem moral, é imoral ou amoral.

Há que nos pormos em causa. Há que agir sempre como se estivéssemos a ser observados. Começar por ser honestos, transparentes, connosco, visíveis e com bom reflexo ao espelho ou à janela.

 

Jorge Saraiva

 

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10.6.19

People - Solie Jordan.jpg

Foto: People - Solie Jordan

 

Os valores perderam valor para se valorizar, o que é menos valorizável. Os alicerces são frágeis e quando vacilam é simplesmente desastroso. Triste. O caminho tende a ser o mais rápido e menos tortuoso.

Gostava que todos tivessem conhecido o meu avô Manuel. Um homem gigante. Um exemplo de pessoa. Respeitado e adorado por todos lá na terra. Recordado pelos seus valores. Honesto. Despediu-se de mim tinha eu cinco anos, mas marcou-me de tal forma que é a pessoa que mais admiro.

Felizmente a minha mãe herdou o seu caráter e, juntamente com o meu honesto pai, ensinou-me o que é a honestidade. Sou uma pessoa cheia de sorte porque cresci com gente honesta e orgulho-me dessa gente também por isso. E a vida foi simpática comigo ao colocar no meu caminho o homem honesto que tenho ao meu lado.

Talvez seja por isso que não tolero desonestos. Sou honesta comigo ao recusar-me a lidar com isso e honesta com eles porque nem faço o esforço para esconder.

 

Marisa Fernandes

 

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7.6.19

Grandpa - Rita.jpg

Foto: Grandpa - Rita

 

Recordo-o frágil, de magreza escondida pelas abastadas calças de bombazine de cor verde-terra. Pose aprumada a contrastar com o andar oscilante, jeito do vício que lhe ficou para se movimentar sem a ajuda dos músculos, que há muito não tinha, e dos ossos que já não eram confiáveis. Via-o chegar assim, das suas deambulações pelos campos. Corria para ele, abrandava o passo com a proximidade, afastava-me depois de ter sentido os seus dedos ossudos afagarem-me os cabelos.

Recordo-o calvo. A cabeça nua, resguardada do sol e da chuva pelo chapéu de feltro castanho do qual se separava apenas quando entrava em casa. Estava marcada, por anos de uso do chapéu, com uma linha continua da testa à nuca, de onde espreitavam algumas cãs resistentes à queda. Eram poucas. Estavam ali para lembrar o trabalho do tempo numa farta cabeleira. O tempo nele, fez das dele. Deixou-lhe, caprichosamente, dois enormes incisivos dos quais se servia para mastigar, com esforço, diga-se. Não era homem de muito sustento e mais depressa do que mastigava, livrava-se da comida repartindo-a pelos netos que cirandavam por perto na hora da refeição. Foi nesta repartição de alimentos que aprendi a gostar de vegetais, grelos em particular. Vindos dele, não me amargavam, tinham o tempero adocicado do carinho. Que bem que me sabiam!

O tempo trabalhou-o. Redesenhou-lhe, com rugas vincadas, a cara, o pescoço, as mãos e toda a fisionomia, só não lhe arrancou o brilho no fundo acinzentado onde pousavam duas pupilas vivas, desde sempre habituadas a ver até ao mais profundo da essência humana. Conhecia as pessoas que o rodeavam. Sabia-lhe os defeitos e as necessidades e respondia-lhes com honestidade. Não desvalorizava a palavra com discursos balofos, era até de modestas falas, mas era homem de palavra. As pessoas sabiam-no e usavam-no. Naquele tempo, o tempo em que quase nada obrigava a outras formalidades para além do testemunhal, pediam-lhe mediação nos conflitos e testemunhos nas negociações. Nunca tal prática lhe rendeu mais do que a satisfação de fazer a coisa certa. O sustento que punha na mesa era o produto modesto do trabalho honesto, arrancado da terra com a ajuda da mulher e dos filhos – refiro estes em nome da verdade - e nunca de trabalhos prestados à comunidade.

 

Bondade, justiça e honestidade nem sempre estão juntas, mas para ele, que não sabia defini-las por palavras, umas arrastavam as outras. Aos pobres e pedintes fazia-lhes justiça sentando-os à mesa e repartindo com eles o que havia para comer. Aos sem abrigo não faltava um telhado onde pudessem abrigar-se das intempéries. Sem alarido, com discrição, caraterística sua, o dia a dia era uma escola onde aprendíamos as boas práticas morais e de convivência.

Aprendi com ele que ser honesto compensava e que se as pessoas soubessem como era compensador, experimentariam sê-lo, ainda que fosse pelo egoísmo de se sentirem compensadas.

Num dia 16 de março, de um ano, há muitos anos, deixou-nos. Mas, passado meio século da sua partida, o meu avô ainda é referência para a pequena comunidade em que viveu e em especial para a família, por isso, ser honesto é mesmo compensador e eu tenho que lembrá-lo quando me pedem para falar de honestidade.

 

Cidália Carvalho

 

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3.6.19

Woman - Manfred Antranias Zimmer.jpg

Foto: Woman - Manfred Antranias Zimmer

 

Na encruzilhada de um caminho, deparamo-nos com duas possibilidades. Respira. Olha para dentro. Respira, de novo e longamente. Uma das possibilidades pode parecer mais fácil aos estímulos, mais breve. Outra mais longa, morosa e, por vezes, com nevoeiro, sem clara imagem do destino.

A satisfação de coisas vãs é mais prazerosa, mas, na realidade, talvez seja em nós próprios que o verdadeiro prazer resida.

Dentro de ti, as respostas não assomam à vista. Respira uma e duas vezes. O assumir de limites, do que de mais verdadeiro encontrares em ti.  Leve o tempo que levar. De noite, quando deitares a cabeça na almofada, tenta desenhar o que encontrares para veres o verdadeiro caminho, em ti. Depois de o veres na folha, espera que as tuas necessidades e desejos possam encontrar o seu meio de chegar à tua vida e aí se conservar.

 

Maria João Enes

 

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