No carrossel da vida há sentimentos sublimes. E, por serem tão belos, é difícil acreditar que existem quando nunca os sentimos na pele. Quando trazemos o amargo nas vivências e uma dor profunda na alma, vazia de afectos e calor.
O amor, que valida a existência, parece perdido no triângulo das Bermudas; uma miragem para uns quantos afortunados e uma utopia para os restantes.
Buscamos a plenitude, a paz de espírito que nos segredará as palavras mágicas e zás, ficamos instantaneamente felizes. Achamos nós, incautos. Caminhamos nessa busca, muitas das vezes, sozinhos. Sem directrizes nem planos de voo. Sem alguém que nos faça rodopiar. Sem amigos.
Os amigos são o abraço no meio do caos, são a força e a serenidade.
Os amigos dizem quem somos. Amam-nos pelo que somos. Tal e qual.
Os amigos são a parte de nós que não nos deixa desistir. São a luz durante a travessia.
Os amigos são o sorriso e as lágrimas. A partilha da dor e das maiores alegrias.
Os amigos são o bálsamo da alma.
E, quando caminham connosco, tornam a viagem mais excitante e segura. Não enjoamos nem temos medo. Mentira, temos medo sim, mas já não estamos vazios. O afecto com que nos revestem a alma, enche-nos de coragem e resiliência para seguir em frente. Ainda que doa.
P.S.: E não vale a pena dizerem-me “Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és”. Oh meus amigos, até Judas tinha amigos irrepreensíveis…
Alexandra Vaz
Link deste ArtigoPor Mil Razões..., às 15:52  Comentar