De Liliana Pereira a 16 de Janeiro de 2010 às 04:07
Efectivamente o sexo é um pilar essencial do casal...Mas, ainda existe muito tabu à volta do tema sexo...infelizmente!... Quantos casais falam sobre a sua sexualidade?...Alguns estudos demonstram que existem muitos casais que sofrem de disfunções sexuais, quer sejam de origem física quer sejam de origem psicológica?...E comunicam ao parceiro o seu problema?E recorrem a ajuda especializada?A nao comunicação entre o casal gera entao conflitos e desconfortos internos que se reflecte também na relação do casal.Quantos casais comunicam ao parceiro as suas fantasias sexuais? Nao terao medo da nao aceitação do outro porque vê como sendo uma situação rara e desviante?
Assim, confirma-se a ideia de que "são poucos os casais que se encontram plenamente satisfeitos com a sua vida sexual"...
Por vezes, até mesmo uma ida a um ginecologista é evitada nao apenas por desconforto mas também por vergonha...
Acredito que o mundo esteja muito mecanizado e ainda muito direccionado para a religião em que o sexo apenas é concretizado de uma forma lá está como é referido no artigo "...o sexo é para se fazer.." e apenas entre conjuges , marido e mulhe.r ...Tudo o que fugir a essa norma, como casais homossexuais ou outras maneiras de exprimir o prazer sexual são vistos com maus olhos...Quantos homossexuais nao assumem a sua sexualidade com medo de represálias?Esperemos que quem sabe um dia este tabu seja quebrado...

De Aníbal V a 15 de Janeiro de 2010 às 19:35
Pensar no conservadorismo de costumes, em particular no campo sexual, como uma característica apenas dos Cristãos, é excessivamente redutor. Será, por exemplo, o Islão menos conservador? Todos sabemos que não. Há alguma religião que defenda a ousadia de costumes? Aníbal V

De Ana Teixeira a 15 de Janeiro de 2010 às 18:24
Ao longo dos tempos, temos verificado mudanças consideráveis nas mentalidades. No respeitante à questão da vivência sexual, o que outrora era considerado moralmente impróprio e até mesmo anti-natural por algumas sociedades mais conservadoras, regidas por rígidos ensinamentos cristãos, é hoje frequentemente aceite pela sociedade em geral.
Neste contexto, o comportamento sexual pode assumir diferentes formas e expressões, numa atitude mais livre de culpas, preconceitos e recriminações sociais, desde que a liberdade do outro seja sempre respeitada.

Concordo que a sexualidade é um dos pilares da vida do casal. A satisfação conjugal relaciona-se directamente com o grau de satisfação sexual, que é influenciado pelas aprendizagens, expectativas, atitudes e crenças de cada um dos membros do casal. Neste domínio, e sem querer descurar o factor biológico, podemos considerar que o maior órgão sexual é mesmo nosso cérebro, porque é ele que nos dita, sem que disso nos apercebamos, o que para cada um de nós é de facto estimulante, apetecível, e que cria as nossas próprias fantasias sexuais.
Não devemos no entanto esquecer que o nosso cérebro, e particularmente nesta área, é fortemente condicionado pelas grandes variações culturais nos consequentes padrões e estereótipos de beleza, nos comportamentos em geral e nomeadamente no sexual. Por exemplo, em algumas culturas, o facto de a mulher mostrar o rosto, pode ser considerado um acto fortemente provocante.

Relativamente à actividade sexual os estudos na área relatam que o aumento da frequência da mesma parece não estar directamente relacionado com o aumento de felicidade. Por outro lado, a qualidade da actividade sexual é essencial para manter o equilíbrio e bem-estar na família e poderemos dizer que, essa sim, parece estar directamente associada à felicidade.