Há muitos aspetos associados ao desenvolvimento e à mudança durante a infância, adolescência e idade adulta. A quem devemos atribuir responsabilidades? À natureza ou ao ambiente? Apesar da grande variabilidade individual, das circunstâncias ambientais e das realizações pessoais, as questões fundamentais parecem mover-se sempre em torno dos fatores BioPsicoSocial e Espiritual.
De fato a adaptação, a mudança e o desenvolvimento verificam-se ao longo da vida e, de modo algum para quando atingimos a idade adulta.
Prossigamos agora com um exercício bastante conhecido. Independentemente da sua idade imagine-se daqui a dez anos. Terá a sua vida progredido? Terá atingido os seus objetivos? Qual será o estado do seu corpo e como se sentirá dentro dele? Onde estará a viver e com quem? Será que as suas capacidades cognitivas e laborais terão melhorado ou ter-se-ão “lentificado”? E financeiramente qual será a sua situação? Como estarão a ser ocupados os seus tempos livres? Ter-se-á adaptado a novas responsabilidades, por exemplo no trabalho ou em casa? Perspetiva mudanças ao nível de como os outros o percecionam ou tratam? Como se sentirá emocionalmente? Terá ainda consigo todos aqueles que ama?
Se ao refletirmos nas mudanças em dez anos já parece ser um exercício algo difícil imagine-se daqui por 20 ou 30 anos.
Mas até que ponto é que as mudanças ao longo da vida se devem a modificações intrínsecas, fundamentais no organismo, a acumulação de experiências em ambientes complexos, ou a pressões sociais e comunitárias? Será que as mudanças são contínuas e graduais, ou são marcadas por etapas principais?
Parece claro e evidente que quando pensamos no nosso próprio futuro a mudança aparece de forma inevitável.
O percurso da sua vida é organizado e planeado, e será que segue esse plano de forma intrépida, ou vê-o como aberto às decisões de outros, ou à mercê do acaso? Anseia pela mudança, pela maturidade inerente à idade, ou essa perspetiva causa-lhe ansiedade e assusta-o? E, finalmente, será que considera estes aspetos importantes o suficiente para delinear, agora, alguns objetivos de vida?
Ana Teixeira