Foto: Learning – Sasin Tipchai
A comunicação formal e ativa por meio das redes sociais é o percalço do mediatismo e da mediocridade. Trata-se do exercício de descontração da especulação, abordar factos alheios à sua esfera, de forma destemida, sem possuir fundamentos, não se permitindo questionar e, sucessivamente, ir buscar respostas construtivas. Uma comunicação digna de realce deve ambicionar como target um mercado distinto e diferenciado, devendo a priori resolver o conflito existencial da interpretação do tempo e espaço, da objetividade dos factos e do seu posicionamento face à matéria em análise.
O passado, o presente e o futuro, são tempos cronológicos soltos que se desenrolam de forma sincronizada formando uma linha sensível devido ao seu caráter de continuidade. A distância que os separa não existe no plano temporal, somente no espaço existencial das pessoas, principalmente as que têm o relantim do relógio acelerado.
No mundo da moda, vasta maioria desapega-se do trabalho que exige esforço físico e/ou mental, envolvidos com o calor da zona tropical propagado pela brisa do índico. O prestígio, qualidade que constitui desiderato de todo o ser humano, é deveras laborioso e sinuoso de tal força que muitos conspiram, cometer atropelos, tal fenómeno social do encurtamento de rotas, caindo na fácil tentação de cometer o mal para o ganho fácil, desconsiderando o essencial: competência, ética e mérito.
O prestígio é um presente muito valioso, é o diamante que todos gostariam de receber mas não querem merecê-lo. Com ele aprende-se a ser intenso e a desafiar constantemente um novo e próprio modus vivendi, as leis da física sendo assim matéria-prima para os cientistas sociais e não só, constituindo-se acervo informacional para a escritura de um futuro best seller.
Atividades do quotidiano que designaria de empreendedorismo social, como é o caso do voluntarismo, são de mandatos irrevogáveis com renovação tácita, pouco atrativos no curto prazo devido a isenção de uma remuneração fixa, adotando uma lógica de remuneração dos fatores em regime de sucess fee associado à incerteza da sua eficácia. Elas asseguram, antes, o acesso a networking ou capital social, fonte de vantagem competitiva sustentável da nova era.
Nesse ecossistema a avaliação de desempenho é contínua e em tempo real, a sua versatilidade e exposição permitem comunicar-se com um público diversificado e vasto que futuramente irá assegurar vantagem de fazer-se conhecer, permitindo que se evolua a passos largos à omnipresença e até, porque não, a unanimidade em modelos de governação inclusivos.
A pessoa esclarecida sabe a nítida diferença entre espaço e tempo e vive como se fossem iguais. O seu ofício não é tratado com extrema modéstia sujeitando-se a estabelecer limites temporais para a sua implementação, o que colidiria com a entrega ao trabalho, compromisso com excelência e orientação no resultado. O seu foco é o objetivo de curto e de longo prazo, não é ao acaso que a vitalidade do setor produtivo requere que seja altamente competitivo e adote esse modelo operacional. A gestão por objetivos exige assim maior rigor, disciplina, motivação e competência.
Voltando à intensidade, alguém terá dito que apesar de teoricamente estar em igualdade de circunstância, desencorajava-se a pretender um papel de direção de um organismo, por exemplo, quando existem técnicos sem conflitos de interesse que possuem igual ou superior habilidade técnicas mas, sobretudo, conhecem melhor os contextos e histórias à volta, elementos diferenciadores na liderança de ambientes com uma significante diversidade cultural.
Dito isto, destaca-se a máxima de Mahatma Ghandi segundo a qual “O melhor presente que um pai pode dar ao seu filho, é educação”. Somente pessoas preparadas para os desafios do amanhã saberão brilhar em ambientes adversos.
António Sendi