Foto: Arrow - Gerd Altmann
Escolhas. Escolhas que traçam um caminho, que caraterizam uma trajetória, que moldam a vida e a fazem avançar. É delas, das escolhas, que se vive. Opções que ora estão certas, ora estão erradas, mas que são irreversíveis. Sempre diferentes na forma como se vivem e, por consequência, irreversíveis.
E se determinada escolha fosse escolhida em detrimento de outra que acabou por originar arrependimento? E se não tivéssemos que escolher? E se as escolhas se tornassem impossíveis? Ou seja, e se houvesse a oportunidade de não escolher?
“Tu tens que fazer a escolha certa. Enquanto tu não escolhes, tudo contínua a ser possível.”
Para quê e porquê escolher? “Porque eu sou eu e não outra pessoa qualquer?”
Um mundo onde pudéssemos viver todas as vidas possíveis e imaginárias e onde todas as possibilidades se manteriam em aberto. Nada seria irreversível. Várias dimensões paralelas coexistiriam, dimensões onde o ser humano se poderia multiplicar em diferentes “eus”.
“Cada escolha é a escolha certa. Tudo poderia ser qualquer outra coisa. E teria tanto significado como qualquer outra.”
Um mundo louco, por certo, onde sonho, realidade, imaginação e ilusão se confundiriam; um mundo onde a palavra “sonho” perderia dimensão e significado.
O que seria um sonho nessa pseudo-realidade?
Nesta dimensão, na realidade em que vivemos, cada escolha é também a escolha certa. Ainda que irreversível. Ainda que possa ser a escolha errada. Foi essa escolha que te fez quem és hoje; foi ela que te fez (querer) ser sempre melhor, como ser humano.
“Na vida só temos um take, se estiver mau temos de o aceitar.”
O que dá sentido à vida é o caminho percorrido. Ainda que a meta não seja exatamente aquilo que idealizaste, o que enriquece e lhe dá sentido são as escolhas tomadas ao longo deste percurso e as experiências proporcionadas por tais escolhas. A vida, seja ela qual for, valerá sempre a pena ser vivida.
Sandra Sousa