Há três dias atrás o Jornal de Notícias noticiava que em Novembro de 2008 terá início, em dois estabelecimentos prisionais portugueses, um programa de intervenção terapêutica em agressores sexuais.
O programa, que conta com a colaboração da Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, será da responsabilidade da Universidade do Minho.
O objectivo do programa é avaliar, acompanhar e intervir junto de reclusos condenados por crimes relacionados com agressão sexual e prevê-se que nesta primeira fase sejam 20 os reclusos envolvidos no processo terapêutico.
É interessante observar a complexidade destes processos, desde a história e condicionantes pessoais dos agressores, que acabam por determinar os comportamentos, à sua envolvente e comportamento em meio prisional, à sua interpretação sobre os seus próprios crimes, até à situação das vítimas, à dificuldade na obtenção da prova, e à visão que a população tem sobre a prática desses crimes.
Ponto interessante para reflexão é a necessidade de monitorização desses condenados, após o cumprimento da pena, mecanismo de controlo do agressor e de protecção da população e as implicações legais dessa monitorização.
FCC