14.9.10

 

A porta fechou-se nas suas costas. Ficou parado na soleira. Olhava em frente, olhos fixos, firmes e serenos. Olhos ávidos de reencontrarem o mundo, de receberem imagens de pessoas, de ruas, de carros, de árvores, de flores, de céu, de rio, de mar. Queria tudo sentir, com todos os sentidos, tudo encontrar e descobrir como se tivesse nascido naquele dia. Sentia-se renascido – tinha recebido uma segunda oportunidade. Como este dia começava diferente!
 
Reconhecia ter ontem excedido todas as medidas. Ao longo do tempo levara ao extremo, sem disso dar conta, o convencimento de que tudo girava à sua volta, de que sobre tudo tinha controlo. Ontem, as suas duas décadas de vida continham toda a experiência e sabedoria do mundo. Ontem, os outros - os mais velhos, os pensadores, os filósofos, os cientistas, as igrejas, Deus - todos treta, todos estavam errados, nada eram ou valiam. Ontem, à noite, mais uma discussão com ela, mais uma disputa, filha do seu ego sem forma, sem jeito. A maior, a mais dura e agressiva, a mais fútil de todas as discussões, em favor da mais vazia de todas as razões.
E de repente, o aperto no peito, a falta de ar, a incapacidade de se manter de pé. O coração dela já muito tinha batido, demasiadas vezes com demasiada força, por más razões, e estava agora a fraquejar.
O amor, bem por baixo de grossas camadas de estupidez por ele laboriosamente tecidas com fios de ideologia e de indiferença, agigantou-se e dominou-o por dentro. Abriu-lhe os olhos para que a visse. Abriu-lhe os ouvidos para que a escutasse. Abriu-lhe o coração para que a entendesse e aceitasse. E ao ego, com todas as certezas que continha, rebentou-o, esvaziou-o, fê-lo rodopiar como um balão moribundo dentro do cérebro dele.
E assim, alterado, regressou a si mesmo. Inundou-o o medo da morte, o medo de que ela morresse, assim, ali, por sua causa, por tanta tristeza acumulada sem dele desistir. Quis levá-la ao hospital, insistiu, persistiu na vontade. Ela recusou, insistiu, persistiu na recusa. Ele não tinha como a obrigar mas sentia que sem isso a perderia para sempre. E isso seria injusto para ela. Teve de aceitar a recusa e encontrar outra forma de conseguir que ela vivesse. Abriu a memória, procurou algo que por vontade própria rejeitara, deitara fora, espezinhara. Ajoelhou-se e começou a rezar. Rezou toda a noite, de joelhos no chão, cotovelos na cama dela, com determinação e fé. Bem mais tarde ela acalmou, repentinamente. Ele receou o pior, mas logo se tranquilizou. Fixou a hora – uma hora - e continuou a rezar, até que adormeceu. Acordou entorpecido e como já tudo estava bem, cambaleou até à sua cama.
De manhã, bem cedinho, o telefone tocou. Ele acordou e atendeu. Era a vizinha do lado que noticiava que naquela noite, era uma hora, o seu marido morrera súbita e inesperadamente. Ele compreendeu que naquela noite a morte estivera naquela casa. E Deus também.
 
A porta fechou-se nas suas costas. Ficou parado na soleira.
 
FCC
 
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10.9.10

 

Que memória tenho do que fui?
Num exercício nada fácil, arrumo por instantes num canto a consciência de mim. Distancio-me do presente e faço o percurso ao contrário, caminho na direcção do passado. A criança que vejo sente-se confortável no seu mundo. Dele faz parte a família e as poucas pessoas da aldeia onde nasceu. Vai à escola, brinca com outras crianças, ou não brinca, e então tem tempo para pequenas tarefas sem importância. Corre até ao rio, observa os peixes sempre tão rápidos e livres nos seus movimentos. Nunca param para descansar? E porque será que a sua cor prateada brilha mais ao sol? O verde das rãs é bonito, acha no entanto que é uma cor estranha para um bicho, se calhar é para melhor se confundir com as plantas e poder defender-se dos outros bichos. Gosta de as agarrar e senti-las a mexer nas mãos - fazem coceguinhas e, quando por fim se libertam, dão grandes saltos para a água. Splash! Desaparecem!
 
A horta é um dos sítios que mais a fascinam. Com imaginação vê nos pequenos cursos de água abertos para regar, grandes rios onde as folhas que são arrastadas se transformam em barcos à deriva. Uma pequena elevação na terra cria uma ondulação que logo se transforma nas ondas gigantes que o Vasco da Gama teve que enfrentar e que estão ilustradas no livro da 4.ª classe. E as árvores, sempre tão bonitas na primavera e tão fascinantes quando os seus frutos começam a crescer! A curiosidade de saber como se processa o crescimento leva-a a abrir os pêssegos e as melancias ainda verdes, e nem o ralhete do avô impede que ela continue a descobrir o mundo que a rodeia. A infância é lenta mas a criança não vive com pressa. Não espera ansiosa o dia seguinte - ele irá acontecer naturalmente, se a morte não vier. Esta é talvez a única ideia que a atormenta. Não quer separar-se da família e, ainda que não ache bonito, não lhe agrada que a vida continue sem ela, as amigas continuariam a ir à escola, a brincar sem ela. Inquieta-a esta ideia.
 
Quando se muda para a cidade, para prosseguir os estudos, descobre que o mundo tem outra dimensão. O lugarejo que ficou para trás, longe de ser o fim é, isso sim, o princípio. A cidade parece-lhe encantadora mas, ainda assim, resiste à adopção de uma nova forma de vida. Observa as diferenças com uma admiração provinciana de quem sabe ser de outro lugar, um lugar bem mais simples. Não sabe como, nem exactamente quando se rendeu, mas sabe qual a razão da entrega lenta e nem sempre pacífica: ser aceite. Ser querida e principalmente ser admirada, sobretudo pelas adolescentes que, como ela, acabam de chegar ao “admirável mundo novo”. Finge uma alegria que não sente e, não fora o rubor das faces que não controla, até parece desinibida e com à vontade para enfrentar os rapazes. Dá-se ares de modernidade começando a fumar. Impressiona parafraseando famosos. Espanta com a capacidade de decorar os pensamentos dos pequenos livros de bolso. Admira a música e os grupos musicais tão na moda, embora tenha outro entendimento sobre o que é verdadeiramente música.
É aceite! Ela não se aceita. O esforço para agradar, cansa-a. Tem saudades de si, da sua simplicidade, de estar tal como é.
 
A mulher de hoje aproxima-se da criança que foi, vive calmamente o dia-a-dia, não espera ser amada por todos, antes exige o respeito que a todos é devido.
 
Cidália Carvalho
 
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7.9.10

 

15 anos… Sonhos não encontrados, e mais tarde sonhos desestruturados.
Na altura de encontrar rumo, um caminho, o concretizar de um sonho, obter uma profissão e o contributo social, de tanta importância, apercebemo-nos que só isso não chega…
E eis que chega mais um papel, o ser mãe, que nunca estamos preparadas para o ser, mas que nos enche de coragem para tal.
 
Mas afinal o que é esse ser?
Ser mulher e ser mãe, ou ser homem e ser pai, é muito mais que ter direitos, é principalmente ter deveres e responsabilidades parentais que por vezes são esquecidos, abandonados.
A responsabilidade e o sentimento de colocar uma criança no mundo não é indiferente a ninguém, nem para o adolescente mais irreverente do mundo e é sinónimo do poder que o desencadear de uma nova vida pode trazer. Os filhos ensinam a ver a vida de outra forma. Começa-se a ter mais cuidado com a segurança, com a alimentação, e os problemas de educação, que até à data não mereciam muito interesse, são o grande quebra-cabeças do dia-a-dia.
A criança devolve, também, emoções afectivas puras, que qualquer pessoa possui no seu interior e sem qualquer interesse por trás. Rir, sorrir, sentir, começam a fazer parte do universo dos pais. Descobre-se, novamente, o conceito de surpresa. A imprevisibilidade dos actos das crianças faz brotar um sentimento diferente nas reacções dos pais, perante as novidades que se lhes deparam.
A necessidade de uma melhor qualidade e futuro de vida é também uma necessidade para os pais, que desejam para os seus filhos um mundo melhor do que aquele no qual são protagonistas. Na realidade, trazer uma nova vida ao mundo faz desenvolver o lado humano, nem sempre presente ou visível no nosso quotidiano.
A maneira como se encaram as coisas e a forma como as mesmas se sentem, passam por uma ternura e compreensão tais que só é possível senti-las dessa forma quando se é mãe. Se já possui esse nobre estatuto, os nossos Parabéns, pois certamente já aprendeu muito sobre os laços humanos da vida.
 
Contribuir para o desenvolvimento da criança e a sua educação não é tarefa das instituições de ensino, temos que pensar, que é nossa tarefa, e a todos os níveis.
Lembremo-nos que quem compra um piano não passa a ser pianista, mas quem tem um filho passa a ser mãe, e pai…
 

Sónia Sequeira

 

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31.8.10

 

Cada um de nós é governado pela sua própria vida. E cada um de nós governa a sua própria vida. Se é verdade que há acontecimentos que nos marcam e nos enfraquecem e sobre os quais não temos qualquer controlo, é também verdade que há momentos decisivos nos quais somos confrontados com diferentes opções e fazemos escolhas. Acontece a mim, acontece a ti, acontece a todas as pessoas. Somos todos, simultaneamente, autores, actores e espectadores da nossa história de vida.
 
Usando as cores como analogia, percebo agora que a minha vida começou por ser cor-de-rosa. Durante a minha infância, as paredes do meu viver eram cobertas de diferentes tons de rosa, agradáveis, reconfortantes e enternecedores. Nessa fase, tudo corria bem (pelo menos assim parecia) e havia calma e paz, mas eu era apenas actriz da minha vida, os autores e os espectadores eram outras pessoas.
Doze anos passados o rosa deu lugar ao cinzento que, lentamente, deu lugar ao preto. O mundo transformou-se num lugar confuso, estranho e desconfortável, promotor de solidão, ansiedade, desconfiança, medo e desesperança. Os ventos eram bravos e as tempestades constantes. Cada ano que passava parecia uma década e a turbulência parecia não querer desaparecer. Eu era espectadora da minha vida, os autores e os actores eram outras pessoas.
 
Um dia cheguei à conclusão que não queria continuar a viver no meio de tanta escuridão. Tinha de mudar, fazer alguma coisa. Foi então que reparei que a paleta de cores e o pincel estavam na minha mão, assim como o guião em branco do meu futuro. Não sei há quanto tempo tinha estas ferramentas comigo, mas tinha, e como não queria perder mais tempo comecei a experimentá-las. Colori tudo ao meu redor com um pouco de todas as cores e comecei a escrever o meu futuro. Mandei o meu passado para o passado e trouxe o meu futuro para o presente.
Sou condicionada pelas circunstâncias, como qualquer um de nós, mas não me deixo derrotar. Sou autora, actriz e espectadora da minha história. Dedico-me a ela a cem por cento. Faço-o por mim, mas principalmente, faço-o pelo meu EU futuro. Não quero arrepender-me, quero conquistar. Um dia, quero olhar para trás com satisfação e orgulho, e observar o arco-íris que foi a minha vida.
 
Ana Gomes
 
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27.8.10

 

Ao entrar no avião não havia nenhum aperto ou saudade no coração. Ia, simplesmente. Tudo me parecia alheio. Não estava ausente, estava presente comigo, apenas comigo. Um novo mundo esperava por mim, de certeza iria viver uma experiência completamente diferente. Depois de fecharem as portas do avião, tudo o que eu conhecera até então ficava para trás. Parti, sozinha, mas levava tudo comigo.
Quando aterrei tive a sorte do meu lado. Falava mal a nova língua do dia-a-dia, mas por coincidência ou não, ia conseguindo avançar sem problemas de maior. Desde a saga pela busca de uma casa para morar, até às peripécias de coabitar com pessoas de diferentes culturas, religião, e até espécies diferentes, aquele novo mundo foi bastante desafiante. Estava em Itália, país que para mim sempre despertara fascínio e tinha então oportunidade não só para conhecer, mas também para ver mais de perto do que uma simples viagem turística permitiria. Nem acreditava que estava ali. Afinal não era um sonho, era uma realidade. Afinal os sonhos também podem culminar em realidades.
 
Houve tempos em que me senti sozinha. Mas, ao contrário do que acontecera antes, isso não me incomodava. Aprendi que tinha muita mais capacidade de adaptação do que pensava. Antes, descobrira que, apesar da distância física, era capaz de me manter ligada aos demais que eram importantes para mim e, por isso, sempre me senti apoiada. Aquela solidão era diferente. Uma solidão que apelava à minha independência e capacidades. Cresci como nunca. Não em altura, porque nessa nada mais havia a fazer. Foi um ponto de viragem. Aconteceram inúmeras coisas. Ali conheci inúmeras pessoas que me ensinaram diferenças. Conheci cidades que me mostravam História. Aprendi que Portugal não é só coisas más (como eu já sabia de antemão) e que os outros países não são só coisas maravilhosas. Ali aprendi o que é ser estrangeiro e o que é não sermos sempre bem-vindos. Ali aprendi o que custa estar longe de quem sempre esteve ao nosso lado. Aprendi que, por vezes, não tomamos as melhores opções. Ali aprendi também que essas opções têm sempre consequências. Aprendi que afinal somos cidadãos do mundo. Aprendi que fora do contexto não é tão fácil perceber certos pormenores. Aprendi a respeitar as dificuldades de cada um, porque fácil é falar daquilo que nunca se viveu, nem de perto. Aprendi que estamos todos ligados. Aprendi que por vezes o tempo nos afasta, mas para nós fica sempre o que já foi. Aprendi que cada um tem o seu rumo e que seguir em frente é sempre o melhor caminho. Ali confrontei muitos fantasmas do passado e não os trouxe mais na bagagem.
 
Percebi que a menina que eu era, tão receosa, sempre agarrada às pernas do pai, mudara. A adolescente que fora, sempre em conflito com o passado, tinha amadurecido. Tinha-me transformado, sem deixar de ser eu.
Voltei com peso no coração, com saudades de casa, com lágrimas de quem volta para o que sempre fora antes. Aqui, o que mais ouvi, foi o quão estava diferente. Se tanta gente nos diz o mesmo, acreditamos. Mas nós sabemos quando mudamos.
 
Durou apenas 10 meses esta minha experiência de Erasmus, mas foi uma das mais marcantes da minha vida. Claro que no meu mundo durou muito mais do que 10 meses porque, inevitavelmente, é uma daquelas experiências em que o tempo, simplesmente, é intensificado. Hoje, guardo todas as memórias. Tenho ao meu lado, o homem que conheci como amigo por essas paragens e que, por reviravoltas da vida, com ou sem destino, se tornou meu companheiro. Hoje, continuo a mudar. Sinto-me constantemente a evoluir, graças aos inúmeros desafios que a vida me coloca. Pretendo continuar a crescer e a aprender, sem esquecer quem sou.
Sim, depois de entrar no avião, tudo mudou.
 
Cecília Pinto
 
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24.8.10

 

A atenção de José permanecia fixa naquela fotografia dos anos cinquenta. O olhar percorria rápido as cinco pessoas que bordejavam a foto e fixava-se no centro do grupo. Ali estavam os avós maternos rodeados pelos netos mais velhos e, ao colo do avô Domingos, a figura pequenina de José, ocupando a posição que lhe competia já que ele era o centro do mundo e o mundo era todo seu. Assim o indicavam os olhares dos que o rodeavam e o seu próprio olhar.

 
A foto de família provocava-lhe sensações fortes e intrigantes. A idade de José correspondia à idade que tinha o seu avô à data da fotografia. O pátio rodeado de plantas e recordações de infância, já não existia. Já não existia a casa e as pessoas mais velhas que a habitaram. Muito do que para si significava inocência e felicidade tinha acontecido ali onde já não moravam pessoas e já não se ouviam vozes.
 
De súbito, o pequeno pátio ganhou vida. Todos se levantaram das cadeiras de jardim à excepção do avô Domingos, que permaneceu imóvel com José ao colo. E todos se movimentaram. A avó subiu lentamente as escadas, apoiada no corrimão e passou a porta que dava acesso à cozinha. Os primos dispuseram-se em círculo, combinaram regras e fugiram quintal abaixo.
As mãos trémulas de José seguravam a fotografia com dificuldade. Fixou o olhar no avô receando que, à semelhança de todos os outros, ele fugisse também. Lentamente, o avô Domingos levantou os olhos do menino que tinha ao colo e olhou para José. Olharam-se por longos momentos de ternura. E o olhar doce e meigo foi o que ficou daquela fotografia dos anos cinquenta.
 
José Quelhas Lima

 

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20.8.10

 

A vida desenrola-se em espiral, figura significativa de que os assuntos são sempre semelhantes e passamos pelos mesmos estados, mas a consciência deles vai-se alargando e evoluindo, dando, a cada ciclo, uma nova perspectiva dos mesmos.
Existem na natureza vários ciclos biológicos, mas os mais conhecidos são os de 7 anos, findos os quais se renovam todas as células do organismo. Claro que isto é o mais nítido e constatável, precisamente quando se fazem 7 anos, depois 14, depois 21, 28, e por aí fora. A partir dos 35 o ritmo abranda e as mudanças são mais subtis, mas evidentes para quem estiver verdadeiramente atento.
Passo então a descrever, duma forma sintética, as 4 fases da vida:
 
Infância
A potência do sol de Verão.
A descoberta das coisas vitais e a inocência com que são encaradas.
Os primeiros desgostos e contrariedades, que conduzem às primeiras considerações.
A identificação com os pais e a tentativa de imitar comportamentos.
 
Adolescência
A promessa florida da Primavera.
A ilusão de tudo poder fazer.
As dores e alegrias do crescimento e a confrontação com os progenitores.
As primeiras dúvidas existenciais.
O esforço de tentar definir um estilo.
 
Idade Adulta
A beleza tranquila do Outono.
O confronto com a realidade e a concretização de alguns sonhos, assim como o desfazer de outros.
O apuro da personalidade e as suas consequências.
A afirmação do estilo na comunidade.
As preocupações de vida e sobrevivência.
 
Velhice
O sossego aconchegado do Inverno.
O desatar de algumas grilhetas e uma nova liberdade entreaberta.
O legado para os vindouros e a preparação para as novas limitações.
O balanço que define a alma e a mentalização para a partida.
 
Cristina Canavarro
 
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